Big tech anunciou fim do sistema de checagem de fatos e adoção no Facebook e Instagram das chamadas 'notas de comunidade', mesmo mecanismo utilizado pelo X. Para João Brant (Políticas Digitais), Meta deixará de proteger direitos individuais e medidas são convite ao 'ativismo da extrema-direita'.

A Meta anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por "notas da comunidade", em um modelo semelhante ao do X, em que comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários.
Em um vídeo publicado no blog da empresa nesta terça-feira (7/1), o presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, disse que os moderadores profissionais são "muito tendenciosos politicamente" e que era "hora de voltar às nossas raízes, em torno da liberdade de expressão".
Joel Kaplan, que substituiu Nick Clegg e é hoje o principal executivo de políticas da Meta, escreveu que a dependência da empresa de moderadores independentes era "bem intencionada", mas muitas vezes resultava na censura dos usuários.
Ativistas contra o discurso de ódio na internet criticaram a medida — e sugeriram que a mudança é motivada pela intenção de Zuckerberg de se aproximar de Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20 de janeiro.
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